quarta-feira, 1 de maio de 2013

PROSA DE FICÇÃO: ALEXANDRE HERCULANO


ALEXANDRE HERCULANO: em busca das origens



                Embora também tenha cultivado a poesia, foi na prosa de ficção que Alexandre Herculano deixou sua maior contribuição. Nela o autor fez uso de seu largo conhecimento da história de Portugal, particularmente a relativa à Idade Média, introduzindo o romance histórico no país. Esse gênero renovou e revigorou a prosa de ficção portuguesa, dado o desgaste das novelas de cavalaria e das novelas sentimentais. Herculano é autor dos romances O bobo (situado no século XII), Eurico, o presbítero (situado no século VIII) e O Monge de Cister (situado no século XVI). Como contista, publicou Lendas e narrativas, também de ambientação medieval.
                Nessas obras, misturando-se a fatos históricos devidamente documentados, a matéria literária (trama amorosa, aventuras de cavalaria medieval, fantasia, imaginação) e ás vezes utilizada pelo autor apenas como pretexto para dar vazão a suas ideias sociais, filosóficas, religiosas e nacionais.
                Alexandre Herculano ainda deixou contribuições à cultura no campo do ensaio, do jornalismo e da historiografia. Como historiador, publicou História de Portugal e Estabelecimento da Inquisição em Portugal.


Obra: EURICO, O PRESBÍTERO

O principal romance de Alexandre Herculano é Eurico, o presbítero, que retrata a invasão árabe na península Ibérica ocorrida no século VIII e a história do amor impossível de Eurico e Hermengarda.
                Eurico é um padre que se refugiara na vida religiosa para squecer Hermengarda, cuja mão lhe fora negada pelo pai, o duque de Cantábria, em virtude de baixa posição social do pretendente.
Quando ocorre a invasão árabe, Eurico – corajoso cavaleiro no passado – torna-se o temido “Cavaleiro Negro”, que atemoriza os árabes com sua valentia e ousadia. Contudo, os árabes vencem a guerra e invadem cidades, casas, conventos e igrejas.
Eurico alia-se a um grupo de resistência que se esconde na floresta e tem como líder Pelágio, irmão de Hermengarda.
Em meio às lutas, o cavaleiro e a moça se reencontram, e ela, em sonho, revela seu amor por ele. Entretando, a união entre os dois é agora mais impossível, porque ele se tornara um padre. Depois de ter participado de uma bem-sucedida emboscada contra os árabes, Eurico se deixa matar pelos inimigos, pondo um fim ao seu sofrimento amoroso e ao conflito religioso. Hermengarda, ao saber de sua morte, enlouquece.

ATIVIDADE
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Exemplo: 







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