domingo, 12 de maio de 2013

3ª FASE

 ROMANTISMO EM PORTUGAL


*Terceira geração romântica portuguesa

- Diluição das características românticas;
- Pré-realismo.

Principais autores:

- João de Deus

- Júlio Diniz.
Obras:
Romance: As pupilas do senhor reitor (1867); Uma família inglesa (1868); A morgadinha dos canaviais (1868); Os fidalgos da casa mourisca (1871).
Conto: Serões da província (1870).
Poesia: Poesias (1873)
Teatro: Teatro inédito (3 vol. – 1946-47)

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura



2ª FASE

ROMANTISMO EM PORTUGAL


 Segunda geração romântica portuguesa

- Mal do século;
- Excessos do subjetivismo e do emocionalismo românticos;
- Irracionalismo;
- Escapismo, fantasia;
- Pessimismo.

Principais autores:

- Camilo Castelo Branco
Obras: Carlota Ângela (1858); Amor de perdição (1862); Coração, cabeça e estômago (1862); Amor de salvação (1864); A queda dum anjo (1866); A doida do Candal (1867); Novelas do Minho (1875-77); Eusébio Macário (1879); A corja (1880); A brasileira de Prazins (1882).

- Soares Passos

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

1ª FASE

ROMANTISMO EM PORTUGAL


- Sobrevivência de características neoclássicas;
- Nacionalismo;
- Historicismo, medievalismo.

Principais autores:

- Almeida Garrett

Obras:
Poesia: Camões (1825); Dona Branca (1826); Lírica de João Mínimo (1829); Flores sem fruto (1845); Folhas caídas (1853).
Prosa: Viagens na minha terra (1843-1845); O Arco de Santana (1845-50).
Teatro: Catão (1822); Mérope (1841); Um Auto de Gil Vicente (1842); O alfageme de Santarém (1842); Frei Luís de Sousa (1844); D. Filipa de Vilhena (1846).

- Alexandre Herculano
Obras:
Polêmicas e ensaios: A voz do profeta (1836); Eu e o clero (1850); A ciência arábico-acadêmica (1851); Estudos sobre o casamento civil (1866); Opúsculos (10 volumes, 1873 – 1908).
Historiografia: História de Portugal (1846-1853); História da origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal (1854-1859).
Poesia: A harpa do crente (1838).
Prosa de ficção: Eurico, o presbítero (1844); O monge de Cister (1848); Lendas e narrativas (1851); O bobo 1878 publ. póst.).

- Antônio Feliciano de Castilho

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura


CONTO, Serões da Província - Júlio Dinis

"Serões da Província", de Júlio Dinis


Em forma de contos, este livro tem um estilo leve e discreto, e descreve de forma inigualável situações domésticas e rurais de Portugal, da época do autor.
Joaquim Guilherme Gomes Coelho (Júlio Dinis) nasceu em 14 de novembro de 1839 e foi médico e escritor português. Um dos seus romances mais conhecidos é "As Pupilas do Senhor Reitor". Suas personagens foram inspiradas em pessoas com quem viveu e conviveu. Faleceu em 1871.


ADVERTÊNCIA
ERA propósito de Júlio Dinis, quando em 1869 permitiu à casa More editar os Serões da Província, principiar a interessante coleção dos seus pequenos romances com a Justiça de Sua Majestade, estreia literária do talentoso romancista, escrita em 1858, ' se bem me recordo, e condenada pelo preceito de Horácio ao longo repouso de dez anos, do qual saiu para ser revista pelo autor.
A persistente doença de Júlio Dinis não lhe permitiu concluir a revisão do romance, e foi por essa causa que apareceu a primeira edição dos Serões da Província em 1870, sem a Justiça de Sua Majestade, que o destino condenou a um novo esquecimento.
Júlio Dinis faleceu prematuramente em 1871, legando a seu pai, o Sr. José Joaquim Gomes Coelho, o manuscrito da Justiça de Sua Majestade, que me foi entregue pelo venerando ancião para lhe dar publicidade, se me parecesse digno dela! — não se lembrando que hão podia ser censor do escrito de seu filho, quem, como eu, tem apenas o merecimento de haver sempre sido, e ser ainda, um dos seus maiores admiradores.
Assim, pois, fica-me inteira a responsabilidade de publicar a Justiça de Sua Majestade sem ter primeiro aquilatado o valor literário da obra, incumbência que compete de direito aos leitores, a quem a transmito, vista a incompetência do editor da terceira edição.

TRECHO INICIAL:

“ERA por uma manhã de Abril de 18S2.
O campo vestia-se de seus mais opulentos e matizados trajos.
O Minho estava fascinador.
Por toda a parte eram já espessuras frondosas e impenetráveis; sombras discretas; vales misteriosos e encantadores, graças ao claro- -escuro, com que a vegetação renascente os coloria; colinas adornadas e festivas, como um trono de altar em capela rústica; enfloradíssimos silvados, veigas a exuberarem de vida; e, por entre tudo isto, casas de brancura ofuscante, e acima de tudo um céu sem nuvens, um céu azul, daquele azul dos céus napolitanos, a meu ver, tão culpados na existência dos lazzaroni.
As torrentes estavam nas suas horas de bom humor; não bramiam, murmuravam apenas; não se precipitavam impetuosas do alto dos outeiros, deixavam-se escorregar pelas anfractuosidades das quebradas.
Os ventos, como que arrependidos, pretendiam com afagos fazer esquecer aos arbustos mais tenros as violências passadas.
A luz salutar da Primavera convertia-se, por mágica metamorfose, em perfumes que embalsamavam os ares, em flores que esmaltavam os prados, em harmonias vagas que as brisas transportavam de selva em selva, que as aves escutavam atentas e os ecos repercutiam sonoros.
Nestes dias assim sente-se palpitar de vida a natureza inteira.
Por toda a parte se realiza um genese. No solo é o grão que germina; nos troncos as novas folhas que brotam; nos ramos as flores que desabrocham; nas águas, nas florestas, nos vergéis, nos ares, uma jovem e inquieta geração de aves e de insectos que surge, animando tudo com seus magníficos concertos, com suas valsas incessantes e rápidas, iluminadas por um sol vivificador.
É contagiosa esta alegria da natureza.
O coração recebe o influxo dela.
A vida tem então também a sua inflorescência. Nesta quadra as ilusões, as esperanças, as mais puras e ideais concepções de fantasias exaltadas pululam, como as boninas na relva; a alegria, os risos e os prazeres reflectem-se nos semblantes, como a luz do arrebol nos cimos dos outeiros; ama-se melhor, perdoa-se melhor, e a poesia e os cânticos saem tão espontâneos, como o trinado dos pássaros de entre a folhagem dos pomares.
A fisionomia das cidades perde também então um pouco da sua habitual gravidade. O vento que lhes vem dos arrabaldes inocula-lhes este fermento de folgazão regozijo. A Primavera desinquieta-os, sedu- -los, atrai-os, a esses soturnos cidadãos, e a população urbana trás borda nas aldeias circunvizinhas.
Os mais sisudos burgueses, que, durante o Inverno, revestidos da gravidade do seu paletó, e confiando os pés à impermeabilidade dos seus sapatos de guta-percha, passavam sérios e ponderosos, cortejando- se com irrepreensível compostura, agora vestidos de linho, de chapéu de palha de forma pastoril e leveza que não era de esperar da sua idade e posição, seguem prazenteiros caminho do campo, contando anedotas de índole pouco edificante, fazendo sentir o sabor do sal, não absolutamente ático, que as tempera; recordando as mais atrevidas coplas da Maria Cachucha, acompanhadas de exibições coreográficas de fazerem estalar de riso a parte feminina do rancho que capitaneiam.
É a época de esplendor dos «bons retiros» campestres. Mas em 1852...”

EM:






QUESTIONARIO

"QUESTIONARIO SOBRE O ROMANTISMO EM PORTUGAL"

Responda as perguntas abaixo:


1) Conforme se sucederam as gerações dos autores o Romantismo foi evoluindo, isso se deu em três momentos. Primeira, segunda e terceira geração romântica portuguesa quais autores fizeram parte dessas gerações?
a) Alexandre Herculano, Gil Vicente, Fernando Pessoa.
b)Alexandre Herculano , Almeida Garrett,  Camilo Castelo Branco, João de Deus,Júlio Diniz.
c)Almeida Garrett, João de Deus,Júlio Diniz,Francisco Manoel de Melo, Antonio Ferreira.
D) Jose de Paula Ramos, Camilo Castelo Branco.
e)Todas as alternativas estão corretas.

2) A literatura romântica em Portugal tem como marco simbólico a publicação do poema Camões,foi escrita por qual autor?
a) Alexandre Herculano
b)Camilo Castelo Branco
c)Manoel Garrett
d)Julio Dinis
e)Ffernando Pessoa
3) O contexto Histórico no Romantismo em Portugal:
I-A Invasão de Napoleão fez com que a corte portuguesa fugisse para o Brasil.
II-Absolutistas versus Liberais
III-D. Pedro IV foi defensor de uma constituição liberal e seu irmão D. Miguel defendia idéias absolutistas. Por isso D. Pedro reuniu um exército para enfrentar seu irmão.
IV-D. Pedro IV declara a independência do Brasil e se proclama imperador, como D. Pedro I.
V-D. Pedro cede o trono português ao primo.
a)I-III estão corretas
b)II-III-V estão corretas
c)I-II-III-IV -V estão corretas
d)II-IV-V estão incorretas
e)V está incorreta
4) Em Portugal o Romantismo durou cerca de 40 anos aproximadamente entre os anos de:
a)1820a1860       b) 1825 a 1865.  c)1860 a 1900   d)1840a1880  e)1822a1862
5) Nasceu em 1799 em Porto. Faleceu em 1854 em Lisboa. Considerado o iniciador do romantismo. Dedicou-se também a literatura e ao jornalismo. Lutou contra absolutismo ao lado de Pedro I. Foi exilado duas vezes.
a) Alexandre Herculano  b) Almeida Garrett,  c)Camilo Castelo Branco, d)João de Deus e)Júlio Diniz.

Gabarito:
1-b , 2-c , 3-e , 4- b, 5-b

domingo, 5 de maio de 2013

AMOR DE PERDIÇÃO, Camilo Castelo Branco


AMOR DE PERDIÇÃO, Camilo Castelo Branco

                Amor de perdição é a mais famosa novela passional de Camilo Castelo Branco. Embora tenha relacionado a história à vida atribulada de um parente, Camilo incorporou à obra muito de suas próprias experiências na prisão e de seu relacionamento proibido com Ana Plácido, mulher casada.
                Espécie de Romeu e Julieta à lusitana, Amor de perdição narra a história do amor impossível entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, jovens pertencentes a famílias nobres e inimigas, que tentam afastar os apaixonados: Simão é enviado a Coimbra, enquanto Teresa, depois de se recusar a casar com seu primo Baltasar Coutinho, é encerrada num convento, no Porto. Simão, protegido pelo ferreiro João da Cruz e por Mariana, filha deste, permanece em Viseu. Na partida de Teresa, enfurece-se com a insolência de Baltasar e o mata a tiro, entregando-se em seguida para a Justiça. Condenado à forca, tem depois sua sentença transformada em exílio. Nesse ínterim, Teresa, minada pela tristeza, adoece. No capitulo final, Simão embarca para o exílio, e, a distância, avista o mosteiro em que Teresa se encontra e pressente sua morte. Tomado de febre, vem também a morrer na viagem. Ao ser lançado o corpo no mar, Mariana, que sempre o amara e espontaneamente o acompanhava em exílio, lança-se ao mar e une-se a ele.

FILME PORTUGUES:





Realizador:
António Lopes Ribeiro
Duração:
128 minutos
Género:
Drama
Ano:
1943
Equipe:
Alfredo Henriques [Intérprete]
Alfredo Ruas [Intérprete]
Álvaro da Fonseca [Intérprete]
António Lopes Ribeiro [Argumento]
António Lopes Ribeiro [Produção]
António Martínez [Intérprete]
António Silva [Intérprete]
António Vilar [Caracterização]
António Vilar [Intérprete]
Arminda Martins [Intérprete]
Assis Pacheco [Intérprete]
Barreto Poeira [Intérprete]
Beatriz de Almeida [Intérprete]
Carmen Dolores [Intérprete]
Cassilda de Albuquerque [Intérprete]
Cidália Meireles [Intérprete]
Emília de Oliveira [Intérprete]
Eunice Colbert [Intérprete]
Igrejas Caeiro [Intérprete]
Jaime Silva (Filho) [Música]
João Fragoso [Adereços]
João Tavares [Intérprete]
José Amaro [Intérprete]
José Celestino [Intérprete]
José Victor [Intérprete]
Júlia da Assunção [Intérprete]
Leite Rosa [Adereços]
Octávio Bobone [Direcção de Fotografia]
Óscar de Lemos [Intérprete]
Ricardo Malheiro [Intérprete]
Silvestre Alegrim [Intérprete]
Sofia Santos [Intérprete]
Sousa Santos [Som]
Vieira de Sousa [Montagem] 




AGORA É SUA VEZ

Escolha as cenas que mais chamaram sua atenção e interprete-as. Envie a gravação para o e-mail: aps.3semestre@gmail.com para que seu trabalho seja postado aqui.



Abaixo segue uma adaptação do romance, apresentada pelos alunos do 1º B, do Colégio Rosalvo Ribeiro dos Santos.


Estrelando:
Bárbara Farias - Teresa
Valdir Dias - Simão
Viviane Pinheiro - Mariana
Hugo Luis - Baltasar Coutinho
Rússel Douglas - Tadeu Albuquerque
Matheus Gomes - Domingos Botelho
Rebecca Virgínia - Ritinha
Jogbean Barros - João da Cruz
Karine Priscilla - Mendiga

Direção Técnica / Figurino / Adaptação da obra:
Amanda Rafaela Amorim

Edição de vídeo:
Rayanne Caroline Amorim

Novembro - 2009
Maceió - AL

Em: http://www.fflch.usp.br/dlcv/anniefer/ExcertosPrefaciosGarrett.pdf



NOVELA PASSIONAL: Camilo Castelo Branco


NOVELA PASSIONAL: Camilo Castelo Branco

                A novela passional foi o gênero em que Camilo Castelo Branco mais se destacou, sendo o seu definidor e o seu maior representante em Portugal. A novela é um gênero controvertido, que, em linhas gerais, se diferencia do romance no tratamento das personagens do enredo. Caracteriza-a o condensamento da ação, do tempo e do espaço, bem como um ritmo apressado no desenvolvimento da intriga. A histórica em geral é contada linearmente e as descrições de cenário e personagens são rápidas.
                A novela camiliana da fase inicial constrói-se a partir de um esquema mais ou menos comum. Normalmente o protagonista é um jovem de vida desregrada, que se deixa corromper pela vida social urbana. A seguir envolve-se com uma moça, e, a partir daí, podemos ter dois tipos de desfecho: ou ele a abandona, enfastiado, ou deseja casar-se com ele e se regenerar, mas o pai da moça não aceita, pretendendo casá-la com um homem mais rico e mais ajustado socialmente.
                O triangulo amoro é outro ingrediente da novela camiliana, que normalmente conta com a oposição de mulheres de tipos diferentes: a mulher-anjo, delicada, pura e frágil, em oposição à mulher fatal, mais independente e sedutora, e como ocorre em Amor de salvação.
                Esses perfis femininos são contrapostos quase com a finalidade de satirizar a falsa vida conjugal feliz.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

ROMANTISMO INICIO



Você se considera uma pessoa romântica? A palavra romântico é frequentemente associada a um conjunto de comportamentos e valores, como dar ou receber flores, gostar de ler ou escrever poemas e histórias de amor, emocionar-se facilmente, ser gentil e delicado com a pessoa amada.
Esse tipo de romantismo, porém, é diferente do Romantismo na arte. Este também está relacionado aos sentimentos, mas foi muito mais do que isso. Foi um amplo movimento que surgiu no século XIX e representou artisticamente os anseios da burguesia, que havia acabado de chegar ao poder na França.
Estudar a literatura do período implica conhecer esse conjunto de transformações e ver de que modo elas acarretaram uma nova forma de ver e sentir o mundo.

PROSA DE FICÇÃO: ALEXANDRE HERCULANO


ALEXANDRE HERCULANO: em busca das origens



                Embora também tenha cultivado a poesia, foi na prosa de ficção que Alexandre Herculano deixou sua maior contribuição. Nela o autor fez uso de seu largo conhecimento da história de Portugal, particularmente a relativa à Idade Média, introduzindo o romance histórico no país. Esse gênero renovou e revigorou a prosa de ficção portuguesa, dado o desgaste das novelas de cavalaria e das novelas sentimentais. Herculano é autor dos romances O bobo (situado no século XII), Eurico, o presbítero (situado no século VIII) e O Monge de Cister (situado no século XVI). Como contista, publicou Lendas e narrativas, também de ambientação medieval.
                Nessas obras, misturando-se a fatos históricos devidamente documentados, a matéria literária (trama amorosa, aventuras de cavalaria medieval, fantasia, imaginação) e ás vezes utilizada pelo autor apenas como pretexto para dar vazão a suas ideias sociais, filosóficas, religiosas e nacionais.
                Alexandre Herculano ainda deixou contribuições à cultura no campo do ensaio, do jornalismo e da historiografia. Como historiador, publicou História de Portugal e Estabelecimento da Inquisição em Portugal.


Obra: EURICO, O PRESBÍTERO

O principal romance de Alexandre Herculano é Eurico, o presbítero, que retrata a invasão árabe na península Ibérica ocorrida no século VIII e a história do amor impossível de Eurico e Hermengarda.
                Eurico é um padre que se refugiara na vida religiosa para squecer Hermengarda, cuja mão lhe fora negada pelo pai, o duque de Cantábria, em virtude de baixa posição social do pretendente.
Quando ocorre a invasão árabe, Eurico – corajoso cavaleiro no passado – torna-se o temido “Cavaleiro Negro”, que atemoriza os árabes com sua valentia e ousadia. Contudo, os árabes vencem a guerra e invadem cidades, casas, conventos e igrejas.
Eurico alia-se a um grupo de resistência que se esconde na floresta e tem como líder Pelágio, irmão de Hermengarda.
Em meio às lutas, o cavaleiro e a moça se reencontram, e ela, em sonho, revela seu amor por ele. Entretando, a união entre os dois é agora mais impossível, porque ele se tornara um padre. Depois de ter participado de uma bem-sucedida emboscada contra os árabes, Eurico se deixa matar pelos inimigos, pondo um fim ao seu sofrimento amoroso e ao conflito religioso. Hermengarda, ao saber de sua morte, enlouquece.

ATIVIDADE
·         Faça uma história em quadrinhos baseada na obra.

Exemplo: 







CAMÕES - GARRETT, ALMEIDA - primeira obra


O contato de artistas portugueses com o Romantismo inglês e francês favoreceu então o surgimento de obras inovadoras, como Camões, de Almeida Garrett. Considerada o marco introdutório do Romantismo em Portugal, essa obra foi publicada em Paris, em 1825, quando o autor se encontrava exilado naquela cidade.
                A obra apesar de considerada a primeira produção do Romantismo Português é fortemente marcada com traços da tradição clássica, como formalismo, vocabulário culto, racionalismo, contenção de emoções. A inovação pela qual ela é responsável consiste muito mais na abordagem do tema – a vida de Camões, suas aventuras e seu sofrimento – do que na renovação da linguagem.
Só entre 1825 e 1880 a obra teve sete edições, sem contar com as edições brasileiras e apócrifas.

Referência: PORTUGUÊS: Linguagens – Ensino Médio. São Paulo, SP: Editora Atual, 2003.



Sinopse - Camões - Almeida Garrett
Poema lírico-narrativo aborda episódios da vida do poeta Luís de Camões relacionados com a composição e a publicação da epopeia Os Lusíadas. No prefácio, Garrett afirma não ter obedecido "a regras nem a princípios", não ter consultado "Horácio nem Aristóteles" e, demarcando-se de qualquer escola literária "não sou clássico nem romântico; de mim digo que não tenho seita nem partido em poesia", confessa ter seguido apenas "o coração e os sentimentos da natureza". Abrindo com a célebre invocação à "Saudade! Gosto amargo de infelizes,/ Delicioso pungir de acerbo espinho," e retratando um Camões desterrado, cantor idealista e desgraçado de uma pátria exangue, com o qual o autor se identifica, o poema surge como a obra emblemática e fundadora do Romantismo português, como salienta Teófilo Braga ("Garrett e a sua obra" in Obras Completas de Garrett).

“A índole deste poema é absolutamente nova; e assim não tive exemplar a que me
arrimasse, nem norte que seguisse ‘Por mares nunca dantes navegados’” (p. 293).


GARRETT, Almeida. Prefácio, in Camões. IN: Obras de Almeida Garrett. Vol. II.
Porto: Lello & Irmãos, 1963.



INICIO EM PORTUGAL


O Romantismo em Portugal

Paisagem do Douro. Oleo sobre madeira madeira 1936
Dimensões: 51 x 61 cm Local: Centro de Arte Moderna (Lisboa)
Autor: Simão César Dórdio Gomes (1890-1976)


                Tal como no resto da Europa, o Romantismo surgiu em Portugal num período de fervescência política – alguns anos após a revolução de 1820 que levou os liberais portugueses ao poder.
Participaram dessa revolução, vários setores da burguesia, nos quais se incluíam magistrados, comerciantes, militares, professores. Influenciados pelos ideais da Revolução Francesa, esses setores defendiam a reforma das instituições, a criação de uma Constituição, a liberdade de comércio, o direito da participação política do cidadão. Lutavam, emfim, pela modernização de Portugal.
                A revolução liberal, entretanto, só se consumou por volta de 1834, quando foram confiscados os bens da nobreza, os frades, expulsos do país, e as terras dos nobres vencido, distribuídas. Apesar disso, a luta entre liberais e conservadores, com a alternância de ambos no poder, perdurou por muitos anos, provocando o exílio de políticos, intelectuais e artistas.

POESIA GARRETT: BARCA BELA



Grupo: DE OUTRA MARGEM - cantando a poesia